28 setembro 2016

Enciclopédia Trópico - Um marco na literatura brasileira.



É imperdoável que o advento da internet que permite fazer o resgate de obras essenciais sobretudo se falamos em cultura literária, que hoje em dia não encontremos nenhum estudo ou ensaio sobre a seminal Enciclopédia Trópico.
Aqui devo me permitir e que vocês me permitam abandonar o tom isento de pesquisador e confessar que o estudo desta maravilhosa obra se deve a este escriba, ter tido contato com ela quando criança e por ela ter irremediavelmente influenciado em minha formação cultural e artística.



Para começar precisamos entender que a Enciclopédia Trópico foi lançada pela primeira vez no Brasil em 1957 em 10 volumes que é justamente a edição que iremos tratar aqui, nesse período que se estendeu até o início dos anos 80 era comum e de praxe a venda de enciclopédias em vários volumes, com vendedores oferecendo planos de compra de porta em porta. A Trópico foi provavelmente a primeira enciclopédia com um tom mais simples e de fácil entendimento, publicada no Brasil pela "Livraria Martins Editora S.A", em minha pesquisa tentei entrar em contato com a hoje editora Martins Fontes, mas não souberam me informar se a antiga editora tinha algo a ver com eles. No interior da enciclopédia há uma informação que diz a propriedade literária e artística da enciclopédia no Brasil pertence à Giuseppe Maltese, mas também não consegui até o momento verificar se este teria algo a ver com a atual Editora Maltese, segredos inerentes ao mundo literário...
Sua edição original é da Editorial Larousse da França.
Além do Brasil a enciclopédia foi lançada na Europa e nos EUA em 12 ou 15 volumes dependendo do país, mas aqui foi condensada em 10 edições sendo mantido todo o seu conteúdo.

    

Voltando à Trópico, ela foi publicada por muitos anos no Brasil mas com capas diferentes e menos conteúdo, sendo esta primeira edição de 10 volumes a completa que foi publicada com capas em cores distintas, nos dias de hoje impossível se encontrar completa e em bom estado.



A Enciclopédia Trópico tinha um charme e uma formatação únicos, além de possuir como dissemos uma linguagem fácil e simples para tratar assuntos que iam da Pré- História às Ciências, os tópicos eram bem interessantes e divididos em temas como "História da Humanidade", "História das Religiões", "Mitologia Grega", "Mitologia Nórdica", "Biografias de Personagens Famosos da nossa História e Mundial",  "História dos Presidentes do Brasil", "Animais", "Insetos", "Fauna e Flora", "Comunicações", "Estilos de Arquitetura", "Mitologia Grega" e mais uma quantidade enorme de temas interessantes, como ensaios sobre países exóticos e invenções do homem, um trabalho primoroso de pesquisa, por isso o sucesso entre a garotada e adolescentes daquela época!
Por exemplo o artigo descrevendo a Divina Comédia é algo maravilhoso e muito marcante!

    

Além desta variedade de assuntos a Trópico contava com um detalhe sui-generis: Toda a ilustração de suas páginas era feita com desenhos e pinturas feitos à mão, isso mesmo, muitos deles pequenas obras de arte retratando com fidelidade cada tema tratado,  até o detalhe dos títulos dos capítulos ganhava um charmoso detalhe artístico! Para mim, um menino chegando à sua primeira década de vida e apaixonado por desenho, quando ganhei e abri pela primeira vez um volume da Trópico foi como adentrar em um novo e maravilhoso mundo, eram tardes inteiras dedicadas a produzir em folhas de papel aqueles desenhos fantásticos, isso com certeza teve influência decisiva em minha carreira artística e na profissão que exerço hoje.

  

Evidentemente que os editores ao criarem a enciclopédia chamaram um time de artistas para tratar desta parte artística, infelizmente como era comum à época, nenhum artista é creditado no expediente da Trópico e não os reconhecemos a não ser por alguns deles que assinaram suas artes como "Pescador", "Pal", "Jacobios".
Ao contar de 20 anos, foi o tempo exato para que eu enfim conseguisse minha coleção completa e assim unida percebe-se ainda mais a força da obra!

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Além é claro da estética saudosista e artística da coleção, há um detalhe muito importante neste ( e pode-se dizer em muitas das enciclopédias da mesma época) trabalho que é o fato de o leitor ainda ter em mãos um conteúdo que não foi despersonalizado e não criminosamente "revisionado" em seu conteúdo como é comum principalmente em nossos livros de história atuais. 
Hoje infelizmente com a internet e as mídias digitais uma obra como essa teria seu conteúdo disperso perdendo a força de seu conteúdo, porém o ponto positivo é que essa mesma realidade nos permite fazer este tipo de resgate histórico de uma obra que é atemporal. 








24 setembro 2016

Quadrinhos Poético-Filosóficos uma arte tipicamente brasileira.


por Vinicius Alves Oliveira

A partir da década de 60, os quadrinhos foram alvo de estudos por seu potencial artístico e de mídia, por suas infinitas possibilidades e como evento cultural.

Na década de 70, os quadrinhos tiveram uma quebra em seu status quo, quando artistas sobretudo na europa, buscavam novas formas e conceitos para fazer quadrinhos, quebrando o tradicionalismo de se contar histórias sequenciais.

Vale citar deste período, a revista Metal Hurlant por seu material inovador, o grupo Les Humanoids Associes de quadrinhistas inovadores, autores como Phillipe Druillet, Caza, Moebius e outros dos chamados Underground europeu e norte americano; como manisfestações inovadoras de se contar histórias em quadrinhos, mostrando enfoque, estrutura e temáticas diversificadas.

Assim como nos diversos campos da arte, nas histórias em quadrinhos artistas viram e sentiram a necessidade de inovarem sua linguagem e fazer seus quadrinhos se modernizarem rumo a um novo século.


Foi que em meio à crise econômica que o Brasil experimentaria na década seguinte, que surgiram as primeiras manifestações desta evolução dos quadrinhos em nosso país, e apesar destas influências a vertente de novos quadrinhos que surgiria no Brasil foi original, rica de conteúdo e valor artístico e com uma característica e identidade próprias que só encontramos em seus autores, os Quadrinhos Poético-Filosóficos, são um genuíno processo de evolução da narrativa gráfica, incluindo muitas vezes subliminares, heráldica, quebra de paradigmas, etc.

 Os denominados quadrinhos Poético-Filosóficos, que mostravam um misto de textos poéticos e filosóficos com desenhos inovadores, e estrutura que se diferenciavam em muito dos quadrinhos tradicionais, desde sua divisão de quadros até o formato dos balões e com uma perspectiva da reflexão, do autoconhecimento, da referência aos aspectos espirituais da existência, da crítica a muitos dos valores dominantes na sociedade de hoje.
Os artistas pioneiros e que se destacaram no movimento são: Gazy Andraus, Edgar Franco, Flavio Calazans, Antonio Amaral, Eduardo Manzano, precursores do estilo. Também há alguns artistas do meio que transitaram trabalhos neste estilo nesta mesma época como Henry Jaepelt, Wally Viana, Joacy Jamys, Luciano Irrthum, Al Greco,Rosemário H.S, Soter Bentes e Norival Bottos Jr,

De outro lado, no mesmo período, outro grupo de artistas iniciaram uma produção igualmente inovadora, com teor filosófico-existencial, mostrando temáticas urbanas, o desespero e a solidão na sociedade de consumo, predizendo um futuro nihilista, influenciados pelas bandas pós punks, darks e eletrônicas daquela década
A inovação tanto nos argumentos quanto na apresentação dos desenhos também eram pontuais nestes quadrinhos.


Artistas como Alberto Monteiro, Weaver, Yuri Hermuche, Law Tissot, Fabio Zimbres, Ricardo Borges, Dikos, Claudio C.M.S. são nomes significativos desta vertente. Algumas vezes uniam suas hq´s, numa mesma edição de uma publicação, se auto-entitulando Irmandade Unusual.

Aqui vale citar, que apesar de nunca ter sido relacionado, o próprio trabalho do renomado artista Lourenço Mutarelli em sua primeira fase com albúns como Transubstanciação, Desgraçados e Eu te amo Lucimar, guardava elementos similares ao quadrinhos Poético-Filosóficos.


Artistas como Edgar Franco, com suas pesquisas com quadrinhos no mundo virtual, simbologia esotérica e sua Aurora Pós-Apocaliptica, Flavio Calazans com seus estudos de heraldica e mensagens subliminares; Gazy Andraus investindo em temas espirituais e orientais, num traço fluido e livre; Eduardo Manzano o mais nihilista do grupo, misturando vampirismo, mitologias e lendas urbanas; e o sui-generis Antonio Amaral um artista inovador ao extremo, usando elementos químicos e matemáticos, misturados ao folclore em sua publicação Hipocampo e outros trabalhos; criaram seus próprios universos e sua própria linguagem misturando as duas vertentes e à outros elementos, criando estes quadrinhos modernos com conteúdo inteligente e inovadores que aqui convencionamos chamar de Neo Quadrinhos, inclusive esta linguagem revolucionária é totalmente adaptada a revolução da informática e do ciber-espaço.

O termo Neo Quadrinhos se adapta melhor às características inovadoras destes quadrinhos que rompem paradigmas com os quadrinhos tradicionais e mostram a linguagem do novo século e uma incurssão definitiva dos quadrinhos como Arte sublime e pluralista.

Estes artistas inovaram a maneira de ver e contar as histórias em quadrinhos, acreditando em sua diversidade e pluralidade e buscando a evolução da linguagem dos quadrinhos e a pesquisa inteligente dos mesmos, em contrapartida de interesses comerciais.

Hoje percebemos uma nova geração de artistas, cujos quadrinhos são influência direta destes pioneiros da década de 80.

Ambos os movimentos surgiram no Brasil no circuito de fanzines e publicações alternativas, visto que não tiveram divulgação imediata nas grandes publicações, dado o caráter das publicações nacionais e o perfil do próprio leitor brasileiro, quase em sua maioria submetidos exclusivamente ao mercado comercial de comics norte americanos e mais recentemente aos mangás.

Atento à esta nova onda de quadrinhos e o número de artistas que seguiam estas tendências, o quadrinhista, pesquisador, professor e doutor pela Sorborne Francesa, Henrique Magalhães, criou em 1995 seu selo de quadrinhos chamado Marca de Fantasia, que além do pioneirismo em publicar artistas fora das grandes editoras, criou em fevereiro de 95 a revista Tyli,Tyli totalmente dedicada ao estudo e publicação de quadrinhos poético-filosóficos e existenciais, com o desenvolvimento da linguagem dos mesmos como citamos acima, e buscando abranger um número maior de tendências dentro do gênero, a revista passou a se chamar Mandala em maio de 1998, sendo ainda hoje a pioneira e única no gênero.

Acrescente-se o fato de a Marca de Fantasia ainda ter lançado albúns como Guerra das Idéias de Flavio Calazans, Agartha e Transessência de Edgar Franco, Ternário M.E.N de Gazy Andraus, e Hqs de Eduardo manzano, Yuri Hermuche, etc, colocando no mercado de quadrinhos trabalhos varguardistas que dificilmente seriam publicados por grandes editoras interessadas tão somente no lucro comercial.

É importante lembrar e acrescentar que estes quadrinhos tão vanguardistas surgiram justamente no Brasil, país em que qualquer manifestação cultural é tida quase como supérflua e praticamente sufocada desde sua fase embrionária. É de se imaginar que estes artistas e sua arte, desde o início e até hoje sejam combatidos por algumas pessoas com uma visão limitada e conservadora dos quadrinhos, geralmente pessoas ligadas e consumidoras exclusivamente de quadrinhos comerciais e ligados à interesses mercantilistas dos mesmos.


Graças à formação acadêmica, inteligência e conteúdo dos trabalhos destes artistas, seus quadrinhos superaram críticas vazias e rumam ao futuro para escreverem seu capítulo no importante livro das histórias em quadrinhos. Se os quadrinhos conseguiram seu lugar ao sol, como arte de auto nível, estes Neo-Quadrinhos sedimentam definitivamente a arte sequencial como objeto de excelência artística.

Autores:

EDGAR FRANCO


Nascido a 20 de setembro de 1971, em Ituiutaba, Minas Gerais, os quadrinhos entraram cedo na vida de Edgar Franco. Aos 12 anos publicou sua primeira HQ em um fanzine, desenvolvendo um amor constantemente renovado por esta forma de expressão. Graduou-se em arquitetura e urbanismo na Universidade de Brasília (UnB), onde iniciou suas pesquisas sobre a linguagem dos quadrinhos e suas interfaces com a arquitetura, anos depois o avanço dessa pesquisa veio a resultar no livro História em Quadrinhos e Arquitetura, publicado pela editora Marca de Fantasia em 2004.

Em seu mestrado em Multimeios na Unicamp estudou as HQs na Internet, batizando essa linguagem híbrida de quadrinhos e hipermídia de HQtrônicas (histórias em quadrinhos eletrônicas), pesquisa que serviu como base para o livro HQtrônicas: Do Suporte Papel à Rede Internet publicado em 2005 pela parceria entre as editoras Annablume e a FAPESP. Em 2006 concluiu o seu doutorado em Artes na ECA/USP, e é professor dos cursos de Arquitetura e Urbanismo & Ciência da Computação da PUC-MG (Unidade Poços de Caldas). Como pesquisador de Histórias em Quadrinhos e arte-tecnologia já teve diversos artigos publicados em revistas e livros e tem apresentado suas pesquisas, há mais de oito anos, em congressos como Intercom, Lusocom, Compós e SBPC. Sua pesquisa de doutorado, Perspectivas Pós-Humanas nas Ciberartes, foi premiada no programa Rumos Pesquisa 2003 do Centro Itaú Cultural em São Paulo.

Como ilustrador e quadrinhista possui dezenas de páginas publicadas em revistas do Brasil e exterior como: Quadreca, Brasilian Heavy Metal, Nektar, Metal Pesado, Quark, Fêmea Feroz, Ervilha, Mephisto (Alemanha), Dragon's Breath (Inglaterra), Ah, BD! (Romênia), além dos álbuns solo Agartha, Transessência e Elegia, publicados pela Marca de Fantasia, e de BioCyberDrama, em parceria com Mozart Couto, editado pela Opera Graphica. Franco tem também experimentado criar trabalhos para suportes hipermidiáticos, entre eles as HQtrônicas Ariadne e o Labirinto Pós-Humano participante da Mostra de Artes - Sesc SP/2005 e NeoMaso Prometeu que recebeu menção honrosa no 13º Videobrasil - Festival Internacional de Arte Eletrônica (Sesc Pompéia/2001). Também é autor do projeto musical industrial/ambient Posthuman Tantra. Você pode saber mais sobre Edgar Franco, seus trabalhos e projetos lendo as entrevistas que concedeu para os sites Joacy Jamys, Alan Moore Senhor do Caos e Areia Hostil. Você também pode acessar o site pessoal e o fotolog do artista.

Mantém na net:
http://www.ritualart.net/
https://www.facebook.com/Oidicius?fref=ts



GAZY ANDRAUS


É formado em Educação Artística pela FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), Mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UNESP (Universidade Estadual de São Paulo), com a dissertação "Existe o Quadrinho no Vazio entre Dois Quadrinhos? (ou: 'O Koan nas Histórias em Quadrinhos Autorais Adultas')", e atualmente, doutorando em Ciências da Informação e Documentação pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo; é bolsista do CNPHQ (Núcleo de Pesquisas de Histórias em Quadrinhos, da mesma universidade) e professor da FAAP. Autor e pesquisador de histórias em quadrinhos, começou a publicar no fanzine Barata, e depois em diversos outros como Matrix (premiado como melhor fanzine na I Bienal de HQs do Rio de Janeiro), Ideário, Mandala, La Bouche du Monde (França), Vôo da Águia e Traços e Tintas, ambos, de Portugal. Publicou ainda nas revistas Fêmea Feroz, Metal Pesado nº6 e Brazilian Heavy Metal.
Seu álbum mais recente é Ternário M.E.N., editado pela Marca de Fantasia, de Henrique Magalhães. Junto à Flavio Calazans e Edgar Franco ajudaram a fundar a revista Mandala da editora Marca de Fantasia, dedicada à publicação e estudo dos Neo-Quadrinhos. Co-editou com Edgard Guimarães os álbuns: Homo Eternus, Convergência, HQ2, Solos, Sacro-Conquistador, entre outros, e com Edgar Franco Irmãos Siameses.
Artista em plena atividade, dentre as quais se destacam a exposição "Alma HQ", com 40 trabalhos, de 16 de março a 16 de abril de 2004, na Gibiteca Bigail, de São Vicente-SP, e a palestra, no dia 6 de abril no "1º Ciclo de Palestras 2004, da Secretaria de Cultura da mesma cidade, quando dissertou sobre seus estudos e pesquisas de "Fanzines e a HQ Independentes.

Mantém na Net:
http://tesegazy.blogspot.com.br/
https://www.facebook.com/gazy.andraus?fref=ts


EDU MANZANO

Edu Manzano ficou mais conhecido por fazer parte dos artistas que surgiram e se destacaram no ”boom” dos quadrinhos alternativos do Brasil nos anos 80, ainda utilizando o nome de Eduardo Manzano, onde expandiu seu trabalho também para países como Itália, Espanha, Portugal, França, etc.
Também foi um dos criadores do movimento de quadrinhos que mais tarde seria batizado de Neo-Quadrinhos ou HQ´s Poético Filosóficas. É considerado entre os autores o mais nihilista e o material mais obscuro pelos elementos mágicos e místicos que adiciona aos seus roteiros.

Formado em design gráfico, atua como ilustrador para livros, mercado publicitário e material promocional para bandas de rock no Brasil e exterior, além de Cartuns e Charges.
Teve seu trabalho incluído no Cd “ Jogos de Armar ” do compositor Tom Zé.
Ajudou a fundar a Júpiter 2 ( ex-SM Editora ) uma das maiores editoras de Quadrinhos nacionais, vencedora do Troféu Bigorna 2008 como melhor editora Independente, onde publica alguns de seus quadrinhos desde 2005, além de publicar outros estilos de quadrinhos no mercado editorial brasileiro, tendo colaborado também em publicações como Almanaque de Heróis, Níquel Náusea, Panacea, Super Interessante, Private, Jornal Metrô News, etc...

Foi também colaborador da revista Mundo dos Super Heróis, ganhadora de 2 prêmios HQ MIX e atualmente publica quadrinhos no exterior e produz material para bandas de Rock e Heavy Metal no Brasil e exterior.

Mantém na Net:
https://www.facebook.com/edumanzanoart
https://www.edumanzanoarts.com/


LAW TISSOT



Law Tissot começou a atuar na cena underground em novembro de 1984, Law Tissot, Marco Muller e Rodnério Rosa criaram o Grupo Mutação de Quadrinhos e lançaram o fanzine Mutação. Esta publicação tinha o espírito da época, pois os quadrinhos independentes começavam a proliferar pelo Brasil.
A partir desta experiência seguiu na edição de outros títulos e, também, na colaboração com dezenas de outros fanzines do período. Nos anos 90 participou do Cybercomix (a importante revista eletronica do provedor Terra) além de continuar atuando na cena underground - sua grande paixão.
Ao lado do quadrinhista Lorde Lobo editou o prozine Areia Hostil, que teve 15 edições e conquistou um HQ MIX. Hoje é professor de Artes Visuais do Colégio Alternativo, na cidade do Rio Grande, RS e produz o coletivo de arte SETOR 8, ao lado de diversos artistas da cena da arte urbana, arte postal, performances, quadrinhos, poesia e intervenções em espaço publico.
Law Tissot também realizou alguns curtametragens inspirados na sua principal série de HQ, a CIDADE CYBER.

Mantém na Net:
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http://www.fanzinotecamutacao.blogspot.com


FLAVIO CALAZANS


É artista multimídia: professor universitário (Universidade de São Paulo, desde 1995), doutor e consultor de comunicação, autor de HQ, artista plástico, entre outras coisas, e fanzineiro.
Como um dos fundadores do "Grupo de Trabalho 'Humor e Quadrinhos'" (Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação), recebeu ótimos comentários da imprensa nacional.
Para mostrar sua criatividade já bastante represada, fundou, em 1979, o fanzine Barata, um dos mais conceituados e de maior logevidade em circulação no Brasila, além de ter publicado seus quadrinhos em um sem número de fanzines e revistas no Brasil e Exterior.
Publicou dezenas de livros, ensaios e textos diversos, cujos grandes frutos foram vários prêmios. "Propaganda Subliminar Multimídia", lançado pela Summus Editorial, é sua obra mais comentada.
Continua atuando como pesquisador de Histórias em Quadrinhos.
Sua vasta e riquíssima biografia está exposta no seu site "Midiologia e Arte".

Mantém na net:
www.calazans.ppg.br/




Vinicius Alves Oliveira
Pesquisador e Professor em Ciências Comunicação

22 setembro 2016

Rom Freire lança Grimorium seu aguardado projeto!


Vocês já haviam conferido uma super entrevista com o desenhista Rom Freire no nosso blog AQUI! Agora o artista esta lançando seu projeto pessoal grimorium, vamos conhecer mais de perto este lançamento!

04 setembro 2016

Projeto "Era uma Vez"... uma boa pedida no Catarse!